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Já reconhecida por suas obras ousadas, como o novo sistema de abastecimento, Bombinhas inicia o esgotamento sanitário nessa quarta-feira (03), no bairro José Amândio

A partir dessa quarta-feira (03) a realidade de Bombinhas começa a ser transformada, mais uma vez. Após a universalização do sistema de abastecimento, há quase três anos, a Águas de Bombinhas inicia as obras de esgotamento sanitário da cidade. O investimento de R$180 milhões – o que corresponde a aproximadamente nove mil reais por morador – é muito superior ao que vem sendo investido em saneamento básico no Brasil.

Para se ter uma ideia, neste ano o governo federal distribuiu cerca de R$13,6 milhões voltados para o saneamento de toda a região Sul (conforme dados divulgados no Portal da Transparência). Na prática, a concessionária vem investindo cerca de 13 vezes mais do que este valor – e tudo isso somente para a cidade de Bombinhas.

Obras inovadoras e ousadas como esta já fazem parte da história da cidade, conforme relembra a presidente da concessionária, Reginalva Mureb. De acordo com estimativas do censo, a cidade possui aproximadamente 20 mil moradores – número que se multiplica em até 14 ou 15 vezes durante a temporada de verão. “Depois da conclusão do novo sistema de abastecimento, que busca água bruta há 27 quilômetros de distância e fornece água tratada para um número realmente expressivo de moradores e turistas, não poderíamos esperar nada menos do que outras conquistas grandiosas para Bombinhas, como o sistema de esgotamento”, completa.

As obras de esgotamento

O início das obras será marcado pela assinatura da ordem de serviço, nessa semana, no bairro José Amândio, e deve contar com a presença do prefeito Paulo Henrique Dallago Muller, Águas de Bombinhas e representantes da comunidade. As obras iniciarão nas ruas que serão pavimentadas pelo poder público, conforme já alinhado com a prefeitura, pensando no bem-estar dos moradores e na otimização do trabalho.

Nesta primeira etapa do cronograma, a Águas de Bombinhas fará a instalação da rede de esgoto nas ruas Pescadinha e Castanheta no bairro Centro, além das Ruas Leão, Zebra, Ovelha, Tamanduá Mirim e Tamanduá Bandeira, no bairro José Amândio. Ainda de acordo com o cronograma, as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), assim como a implementação do restante da rede deve iniciar em 2022, tão logo a temporada de verão se encerre.

A implantação de um novo sistema de esgotamento é uma conquista fundamental para Bombinhas, que atualmente possui 18% de coleta e tratamento dos efluentes. A cidade, reconhecida internacionalmente como capital nacional do mergulho, sai na frente quando o assunto é preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Para se ter uma ideia e região Sul do Brasil, um dos principais destinos turísticos do país, possui apenas 47% de coleta e tratamento de esgoto. Os dados foram divulgados pelo instituto Trata Brasil no novo estudo “Saneamento e Doenças de veiculação hídrica”, realizado com base no ano de 2019. Ainda de acordo com o estudo, quase 35 milhões de brasileiros vivem em locais sem acesso à água tratada e 100 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgoto.

“Nosso compromisso é transformar a realidade dos municípios onde atuamos e estamos honrados em fazer parte da história de Bombinhas, tornando essa linda cidade num município 100% saneado, com água e esgoto tratado. A saúde da população, o meio ambiente e o turismo serão os maiores beneficiados”, completa Reginalva.

O novo sistema de esgotamento

A capacidade de tratamento da nova ETE será de 165L/s, ao final da implementação. Atualmente Bombinhas possui 15 mil metros de rede de esgotamento. A previsão final é de que sejam instalados mais de 153 mil metros de tubulações, um investimento extremamente significativo para a cidade.

Para Rodrigo Lacerda, diretor executivo da Águas de Bombinhas, o modelo adotado na cidade é um dos mais modernos já construídos no país. “O sistema de lodos ativados por bateladas já é reconhecido e de extrema confiança. A implantação ocorrerá em três módulos sendo que cada um deles terá capacidade de tratamento de 55L/s”, explica ele.

 

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