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A discussão sobre a diversidade étnico -racial nas empresas está sendo trazida de forma institucional para a equipe da concessionária Águas de Bombinhas. Colaboradores estão se organizando em grupos para propor ações efetivas e de conscientização acerca do tema. O debate integra o Programa de diversidade e igualdade racial “O Respeito dá o Tom”, lançado pelo grupo Aegea há quase 3 anos. O objetivo principal é promover a equidade nas oportunidades de acesso à empresa e de crescimento profissional dos colaboradores que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas. Da mesma forma, pretende que o ambiente de trabalho esteja livre de racismo, discriminações e atitudes que comprometem o respeito.
O Respeito dá o Tom promove um processo contínuo de aprendizado e conscientização sobre a temática étnico racial entre funcionários da empresa, dos mais antigos aos mais novos, independentemente da posição que ocupam. Nesses quase 3 anos de programa, foram mais de 150 ações mensais no grupo Aegea, tendo a atuação de 13 comitês locais, e um comitê corporativo com os líderes das áreas para acompanhar o planejamento estratégico. Hoje já podemos afirmar que 80% do total do grupo participou de alguma ação do programa Respeito dá o Tom.
Segundo pesquisa do Instituto Ethos, 150 anos é o tempo que as companhias brasileiras em todas as áreas vão demorar para igualar o número de pessoas negras em seus quadros, tendo em vista a proporção dessa população no Brasil. De acordo com Grazielle Machado, responsável pelo departamento de Recursos Humanos (RH) da Aegea Santa Catarina, a retomada das ações locais desenvolvida na concessionária foi uma rodada de conversa online entre os colaboradores para reafirmar os objetivos do programa. A reunião despertou o interesse de colaboradores, que se colocaram à disposição para participar do comitê local do Respeito dá o Tom.
O grupo de trabalho, com a participação de representantes da Águas de Bombinhas e também da Águas de Camboriú, Águas de Penha e Águas de São Francisco do Sul, todas do grupo Aegea, é presidido por Tiago Souza, tendo como secretaria Maria Luiza Oliveira. No total, 10 pessoas participam do grupo. O comitê vai determinar as ações que serão feitas nas empresas. Entre as propostas estão a manutenção das rodas de conversa para debater o assunto entre os colaboradores, parceria com instituições de ensino e incentivo ao recebimento de currículos de pessoas negras.